Protecionismo gaúcho

terça-feira, 10 de março de 2009

Eu tenho orgulho da minha terra e não escondo a ninguém, é esse orgulho que torna o povo gaúcho fiel a sua cultura, e é este mesmo orgulho que por vezes se torna arrogante e alvo de chacotas.
Recentemente a Veja publicou uma matéria que me chamou a atenção, relatando a dificuldade das empresas internacionais ou mesmo de outros estados em vingar no mercado rio-grandense. Eu tinha conhecimento de todo o tradicionalismo muito além do folclórico que envolve o território gaúcho, mas não sabia que tal peculiaridade influenciava e muito no mercado regional. O Rio Grande do Sul criou uma espécie de protecionismo persuadindo o mercado interno a tornar-se “auto-sustentável”, não, não é algo radical, e sim natural.
É simples, as empresas para agradarem o publico gaúcho, tem de ser ou fingir ser conterrâneo. Nos mercados, os produtos mais consumidos nas prateleiras são os de marcas locais, e essa seleção não acontece apenas pela classe média-alta como acontece em outros estados, é indiferente de classe social, é o estado brasileiro que mais consome produtos regionais.
Assim, as empresas “externas” precisam realizar pesquisas para atender esse mercado tão especifico, e as que passam por cima dessa exigência natural acabam caindo no esquecimento do povo. Um exemplo citado na reportagem é da Casas Bahia, eles não quiseram trocar o chapéu de nordestino do bonequinho símbolo que conquistou o resto do Brasil por um chapéu tipicamente gaúcho, resultado, das 27 lojas abertas no estado, sobraram 6.
Detalhe, a segunda cerveja mais consumida no estado é a Polar, que só existe no Rio Grande do Sul e é adaptada para ser mais amarga e lembrar o gosto do chimarrão 
Deixo o link para a reportagem na integra, vale a pena conferir, é esse tipo de orgulho sadio que o Brasil deveria incorporar em sua cultura comercial.

O marketing da bombacha.

1 comentários:

Anônimo disse...

Prefiro Belco!

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